Reflexão: O poder corruptor do vil metal (canto VIII, 96-99)
O Catual, seduzido pelo ouro, só deixa partir os Portugueses depois de lhe entregarem as fazendas que traziam, pelo que Camões o insulta de “cobiçoso, corrompido e pouco nobre”(est96, vv.3,4). E a sede do dinheiro corrompe é uma maldição a que ninguém escapa: nem o rico, nem o pobre, nem os nossos amigos, os Reis e até os próprios religiosos, mesmo que camuflada numa falsa virtude.
O dinheiro faz os amigos traidores, aos nobres faz-lhes perder a honra, é inimigo do conhecimento pois não promove o interesse pelo mesmo, cega a justiça e até conspurca os ensinamentos divinos(est98, 99).
Nestas duas últimas estrofes, veja-se o valor da anáfora o deíctico referencial “este”, repetido sete vezes, pois sete são os pecados mortais.
Prof: Euclides, Linhas de leitura das Reflexões do poeta em Os Lusíadas
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