sábado, 14 de junho de 2008

Produções escritas/ treino exame

Propostas de produção escrita (item do programa)

I- A importância da literatura e do teatro como instrumento de libertação humana é um pressuposto inerente à escrita de Felizmente Há Luar!, de Luís de Sttau Monteiro.
Faz uma dissertação entre 150 e 200 palavras em que, de acordo com a tua experiência de leitura, fundamentes a afirmação apresentada.

II- É fácil concluir, após a leitura de Felizmente Há Luar!, que estamos perante um exemplo do designado teatro histórico/épico que assume, no entanto, uma faceta nova: a peça não se destina à representação tout court de uma acção ou de uma personagem histórica, mas sim, à reflexão sobre o presente partindo da figuração de um momento da história passada que com o presente mantem uma relação analógica.
Num texto expositivo-argumentativo entre 150 e 200 palavras, fazendo referências concretas à obra, demonstra a validade da tese acima exposta.

III- O Memorial, sendo-o embora de um convento, é-o sobretudo d uma época da qual se esqueceu a outra face composta por gente anónima cuja importância o narrador tenta perpetuar....
Num texto expostivo-argumentativo entre 150 e 200 palavras, comenta o juízo crítico apresentado, fundamentando-te na tua experiência de leitura.

IV- A situação feminina no século xvIII português, principalmente no que diz respeito à vivência da sexualidade e do casamento, é aboradada de uma forma contrastiva ao longo do romance Memorial do Convento.
Faz uma dissertação entre 150 e 200 palavras em que, de acordo com a tua experiência de leitura, fundamentes a afirmação apresentada.

V- O projecto da passarola só está presente em Memorial do Convento como modelo de organização e de sentido(s) que deve nortear qualquer obra.
Comente a frase acima apresentada num texto expositivo-argumentativo entre 150 e 200 palavras, fundamentado na sua leitura da obra.

VI- Memorial do Convento é uma romance de intervenção que critica todos os poderes instituídos que se constroem subjugando sempre a mesma vítima, o povo.
Num texto expostivo-argumentativo entre 150 e 200 palavras, escolha um apecto alvo de crítica no romance em questão, fundamentando a sua escolha com pelo menos três argumentos/ referêcias á obra.



Propostas de produção escrita (item genérico)

I- O impacto da globalização nos países ricos, sentido através de mais importações, deslocalizações de produção e imigração, desencadeou também a contenção nos salários e na criação de emprego.
Por outro lado, não nos esqueçamos que foi a globalização que permitiu a reformulação das estruturas tradicionais económicas e de trabalho .
Num texto expositivo-argumentativo de 200 a 300 palavras reflicta sobre as consequências positivas e/ou negativas da globalização, justificando o seu ponto de vista com pelo menos três argumentos.

II- A cultura clássica é o conjunto dos géneros estabelecidos: o livro, o cinema, o teatro, as exposições. Assiste-se progressivamente à substituição destes domínios instalados pela tradição e pela escola por uma outra forma de cultura, particularmente apreciada pelos jovens e, claro, por eles veiculada, e que é constituída pelo vídeo, pelas magias informáticas, pelos novos modos de comunicar ou ouvir música ou por essas mesmas músicas, o rap, o tecno.
Num texto expositivo-argumentativo de 200 a 300 palavras, apresente uma reflexão fundamentada em três argumentos, sobre a tese acima apresentada relativa às novas preferências culturais dos jovens.

III- Desde o século XV, que se reconhece no povo português o espírito de aventura, de andanças, de ousadias de alguém que parece não conseguir fixar-se neste pequeno jardim à beira- mar plantado.
Num texto expositivo-argumentativo de 200 a 300 palavras, faça uma dissertação subordinada ao tema: Os portugueses e a diáspora.

IV- Ao longo da história da humanidade, a natureza e todos os fenómenos naturais têm-se apresentado ao homem como um eterno inimigo com o qual, no entanto, é preciso algum respeito e cuidado. Afinal, temo-la vencida, ou ela só se têm dissimulado, atacando-nos, quando menos esperamos?
Num texto expositivo-argumentativo de 200 a 300 palavras, faça uma dissertação subordinada ao tema: A eterna luta Homem/ Natureza.







Propostas de produção escrita (Pessoa e heterónimos)

I- “ Ouvi contar que outrora, quando a Pérsia/ tinha não sei qual guerra,/ Quando a invasão ardia na cidade/ E as mulheres gritavam/ dois jogadores de xadrez jogavam o seu jogo contínuo...” Odes Ricardo Reis
Partindo do excerto acima transcrito e do seu conhecimento de Fernando Pessoa, mostre a postura e atitude de Reis perante as vicissitudes da vida.

II- Não ultrapassando as 150 palavras, explicite a importância de Alberto Caeiro no âmbito da produção literária de Pessoa.

III- Álvaro de Campos é a ruptura na forma e no conteúdo com os padrões estéticos-literários anteriores ao modernismo.
Num texto expositivo-argumentativo, explicite quatro aspectos de forma e de conteúdo que fazem a inovação da poética de Campos.

IV- Fernando Pessoa Ortónimo exibe um percurso literário que, embora de temáticas variadas, tem uma coesão lógica e coerente de pensamento.
Num texto expositivo-argumentativo não ultrapassando as 150 palavras, apresente a temática que considere mais relevante em Pessoa Ortónimo, justificando a sua opção com referência a poemas que a ilustrem.

terça-feira, 3 de junho de 2008

teste Mensagem

ESCOLA SECUNDÁRIA RAINHA DONA LEONOR
12º Ano de escolaridade
Duração da prova: 90 minutos teste /treino para exame
2007/2008( Junho) Prof: Euclides Rosa
PROVA ESCRITA DE PORTUGUÊS

Lê o texto com atenção:


O INFANTE
Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.
Deus quiz que a terra fosse toda uma,
Que o mar unisse, já não separasse.
Sagrou-te, e foste desvendando a espuma,
E a orla branca foi de ilha em continente,
Clareou, correndo, até ao fim do mundo,
E viu-se a terra inteira, de repente,
Surgir, redonda, do azul profundo.
Quem te sagrou criou-te português.
Do mar e nós em ti nos deu signal.
Cumpriu-se o Mar, e o Imperio se desfez.
Senhor, falta cumprir-se Portugal!


GRUPO I

1. Distingue no poema as suas partes lógicas e sintetiza o assunto de cada uma, mostrando como se articulam.

2. “ O Infante surge mais como um símbolo do herói português escolhido por Deus para agente da sua vontade do que como ser individual.”
Transcreve todas as expressões que podem comprovar esta afirmação.

3. Justifica a alternância de tempos verbais ao longo do poema.

4. Relaciona o sentido dos dois últimos versos com o carácter profético da “ Mensagem” e com a estrutura da própria obra.



5. “ E viu-se a terra inteira, de repente,
Surgir redonda, do azul profundo.” ( O Infante)

“ Ó mar anterior a nós, teus medos
Tinham coral e praias e arvoredos” ( Horizonte)

“ Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal! “ ( Mar Português)

5.1. Com base nos versos acima transcritos, num pequeno texto expositivo-argumentativo entre 100 e 150 palavras, explicita os aspectos da epopeia marítima dos portugueses mais valorizados.


GRUPO II

A

Apesar dos aspectos comuns à Mensagem e a Os Lusíadas, os elementos estruturantes das duas obras (forma e conteúdo) são marcado pela diferença de quatro séculos que separa os autores, bem como pelas diferentes atitudes face á História de Portugal.

Iniciando um texto expositivo-argumentativo pelo parágrafo acima transcrito, apresente semelhanças e diferenças significativas entre as duas obras.

B

“ Tudo vale a pena/ se a alma não é pequena”
“ Sem a loucura que é o homem/ mais que besta sadia, / cadáver adiado que procria? “
“ Triste de quem é feliz! / Ser descontente é ser homem”.

A partir dos versos acima transcritos e integrando-os na dissertação que vai produzir, mostre de que forma espelham o ideal humanista do homem do renascimento.

teste lusíadas

ESCOLA SECUNDÁRIA RAINHA DONA LEONOR
12º Ano de escolaridade
Duração da prova: 90 minutos teste /treino para exame
2007/2008( Junho) Prof: Euclides Rosa
PROVA ESCRITA DE PORTUGUÊS

Lê o texto com atenção:


Um ramo na mão tinha... Mas, ó cego,
Eu, que cometo, insano e temerário,
Sem vós, Ninfas do Tejo e do Mondego,
Por caminho tão árduo, longo e vário!
Vosso favor invoco, que navego
Por alto mar, com vento tão contrário
Que, se não me ajudais, hei grande medo
Que o meu fraco batel se alague cedo.

Olhai que há tanto tempo que, cantando
O vosso Tejo e os vossos Lusitanos,
A Fortuna me traz peregrinando,
Novos trabalhos vendo e novos danos:
Agora o mar, agora experimentando
Os perigos Mavórcios inumanos,
Qual Cánace, que à morte se condena,
Nũa mão sempre a espada e noutra a pena;

Agora, com pobreza avorrecida,
Por hospícios alheios degradado;
Agora, da esperança já adquirida,
De novo mais que nunca derribado;
Agora às costas escapando a vida,
Que dum fio pendia tão delgado
Que não menos milagre foi salvar-se
Que pera o Rei Judaico acrecentar-se.

E ainda, Ninfas minhas, não bastava
Que tamanhas misérias me cercassem,
Senão que aqueles que eu cantando andava
Tal prémio de meus versos me tornassem:
A troco dos descansos que esperava,
Das capelas de louro que me honrassem,
Trabalhos nunca usados me inventaram,
Com que em tão duro estado me deitaram.

Vede, Ninfas, que engenhos de senhores
O vosso Tejo cria valerosos,
Que assi sabem prezar, com tais favores,
A quem os faz, cantando, gloriosos!
Que exemplos a futuros escritores,
Pera espertar engenhos curiosos,
Pera porem as cousas em memória
Que merecerem ter eterna glória!

Pois logo, em tantos males, é forçado
Que só vosso favor me não faleça,
Principalmente aqui, que sou chegado
Onde feitos diversos engrandeça:
Dai-mo vós sós, que eu tenho já jurado
Que não no empregue em quem o não mereça,
Nem por lisonja louve algum subido,
Sob pena de não ser agradecido.

Camões, Os Lusíadas

GRUPO I
1. Seguem-se várias afirmações sobre o texto que acabste de ler. Diz se são verdadeiras ou falsas e corrige as falsas de modo a torná-las verdadeiras:

a) Esta invocação situa-se no final do canto VII, antes de Paulo da Gama começar a falar das figuras da História de Portugal representadas nas bandeiras.
b) Camões invoca as Ninfas do Tejo e do Mondego, porque se encontra em perigo de naufragar no mar alto e perder Os Lusíadas.
c) Há já muito tempo que o poeta canta os lusitanos, tendo entretanto passado por muitos perigos e dificuldades.
d) O verso “ Numa mão sempre a espada noutra a pena” traduz bem o conceito de herói renascentista.
e) As misérias sofridas pelo poeta foram recompensadas com descansos e coroas de louro.
f) O modo como os portugueses tratam o poeta é um grande estímulo para outros escritores que queiram celebrar os grandes feitos lusitanos.
g) Camões jura que, se tiver o favor das ninfas inspiradoras, só louvará aqueles que o mereçam.

2. Caracterize o estado de espírito do poeta ao longo da reflexão, servindo-se de expressões textuais.
2.1. Indique dois motivos que estão na origem desse estado de espírito.

3. Mostre, a partir da última estrofe, em que medida a epopeia camoniana foge ao objectivo primordial deste sub-género literário.

GRUPO II

1. Neste item, faça corresponder a cada um dos quatro elementos da coluna A um elemento da coluna B, de modo a obter afirmações verdadeiras. Escreva na sua folha de respostas, ao lado do número da frase, a alínea correspondente.
A B
1) “que navego Por alto mar, com vento tão contrário”
a) é uma oração subordinada concessiva.
2) “ que hei grande medo” b) é uma oração subordinada condicional.
3) “Que o meu fraco batel se alague cedo.”
c) é uma oração subordinada completiva.
4) “ se não me ajudais” d) é uma oração subordinada relativa restritiva com antecente.

2. Considera a frase que se segue:
“Vede, Ninfas, que engenhos de senhores/ O vosso Tejo cria valerosos,/ Que assi sabem prezar, com tais favores,/ A quem os faz, cantando, gloriosos!”

2.1. Identifica a cadeia de referência aí presente.

2.2. Indica o mecanismo de coesão lexical que a frase exibe.

2.3. Transcreve a oração subordinada relativa restritiva sem atecedente.
GRUPO III


A

Num texto expositivo-argumentativo entre 200 e 300 palavras, apresente o conceito de herói defendido por Camões em Os Lusíadas, enriquecendo a sua produção com referências concretas à obra.


B

Num texto expositivo-argumentativo entre 200 e 300 palavras, avalie a pertinência de Os Lusíadas no contexto histórico-cultural em que surgem, fazendo referências aos aspectos que são elogiados e aos que são criticados.